quarta-feira, 7 de julho de 2010

FREIOS*

A sinceridade parece mais dúbia a cada dia.

Desde a infância, as mães lutam com seus rebentos para que estes não mintam em nenhuma hipótese. Inventam fábulas em que homens do saco seqüestram os pequeninos que não seguem a regra de ouro.

Alguns pais, assustados com o poder da veracidade irrestrita dos filhos, “ensinam”-lhes as chamadas mentiras sociais, porque o mundo não precisa da verdade sem conseqüências. E isso é só o início...

A partir de então, mentimos por pura convenção social. Mentimos para não ofender, para agradar o próximo, ou simplesmente para omitir a verdade e agradar o nosso ego.

E a sinceridade?

Jaz esquecida, talvez em algum canto obscuro da nossa consciência. Mas que se manifesta, internamente, toda vez que a falácia brota através da nossa boca e “acaricia” os ouvidos do próximo.

Às vezes, tento perverter todo esse sistema de freios sociais. Falo a verdade, mesmo que ofenda ou surpreenda alguém. Não é melhor saber a verdade e sofrer com ela, do que amargar a mentira por longo tempo? É o que sempre digo em defesa quando alguém reclama da minha sinceridade.

E o que ganho por ser franco, principalmente com aqueles que me tem apreço? Caras feias, beliscões, mágoa e desdém! Taxam-me de bruto, indelicado, e que não respeito a opinião alheia... Mas o que falo é a verdade, ora!

Está chegando a um ponto que a melhor decisão é ficar calado. Não emitir opinião alguma. Tratar com indiferença qualquer assunto. Ou ainda melhor, sair correndo das rodas de conversas ou simular uma convulsão. Tudo para não ser sincero.


segunda-feira, 5 de julho de 2010

VIDA: A ARTE DO ENCONTRO

     Vinícius de Moraes, com sua sabedoria ímpar disse que “a vida é a arte do encontro”. Pare para notar e veja quantas pessoas você já encontrou durante a vida e que, de alguma forma deixaram lembranças dela com você e que certamente você jamais as esquecerá.
     Sim, claro que já encontrei muitas pessoas, algumas encontrei para não mais desencontrar, outras não quero encontrar nunca mais e algumas, aquelas especiais e que o destino se encarrega de mantê-las longe pra aumentar a saudade eu quero que haja muitos reencontros.

     Uma vez, me perguntaram do que tenho medo e, eu respondi que tenho medo de tanta coisa, mas, o maior de todos os meus medos era o da solidão.

     Se o mundo é mesmo um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus atos, apenas faça o que você julgar que for o melhor para você, não procure viver de modo à sempre fazer o que a sociedade julgue que seja o correto, afinal de conta os seres humanos são os seres imperfeitos não é verdade?! Independente do que pensem ou falem a seu respeito tenha certeza sempre do seu caráter_ uma dose de autoconfiança faz muito bem.

     Mesmo não encontrando quem eu quero presencialmente, procuro sempre encontrar em pensamento, sentir saudade é bom, afinal, já dizia Shakespeare que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias e, já que a vida é a arte do encontro, pense sempre nos outros, esse deve ser o segredo de um dos caminhos da felicidade!

Tchu™