domingo, 29 de maio de 2011

SEM SENTIDO

Era um belo fim de tarde, dessas típicas de início de inverno, em que você sente o frio,mas não tem necessariamente que se aquecer. Meu dia tinha sido um tanto cheio. Passei horas trancafiado numa sala, estudando na companhia de mais dois colegas. Quando terminamos, um deles resolveu ir embora e o outro foi resolver um dos seus inúmeros compromissos acadêmicos e pediu que eu o esperasse.
Para passar o tempo, enquanto ele não voltava, resolvi esperá-lo no jardim da faculdade, que por sinal estava convidativo, a grama verdinha e as árvores frondosas... acabei me recostando em uma...
Ao longe, estudantes transitavam o tempo todo, eu conseguia ouvir sua vozes,mas não distinguia ao certo o que estavam dizendo. Nos bancos que estavam mais próximo de mim uma senhor olhava algumas fotos (lembranças de bons momentos), estava tão concentrado que mal piscava, no outro, uma jovem estudava um livro que ela insistia em manter nas suas pernas cruzadas,mas que o vento mostrava sua vontade em querer folheá-lo.
Fiquei observando a paisagem sem mesmo entender o que estava fazendo ali. Sabe aquelas horas em que parece que não há absolutamente nada na cabeça da gente? Então, eu estava assim, vazio, leve. A única coisa que consigo me recordar é que dois jovens passaram ao meu lado, um deles dizia:
- eu acho que caiu um meteoro na minha cabeça. E o outro perguntou:
- como assim cara? Isso não é possível. É só cisma sua. Mas o primeiro ainda afirmou:
- mas foi, um meteorozinho, desses que a gente não vê...
Não consegui compreender muito bem o que estava querendo dizer,mas senti um leve sorriso formando em meus lábios – devo ter achado graça.

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